
As treze colônias inglesas no atual território dos Estados Unidos eram do norte para o sul, Massachusetts, Nova York, Pensilvânia, Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.
O primeiro grande grupo de ingleses a pisar no solo americano para iniciar a colonização ficou conhecido como pais peregrinos. Esses ingleses eram puritanos (defendiam reformulações amplas na organização da Igreja ) e estavam fugindo das perseguições religiosas que estavam ocorrendo na Inglaterra no início do século XVII. Perseguidos por anglicanos e outros protestantes, resolveram fugir para a América, pois ali poderiam construir uma sociedade com liberdade religiosa adequada a suas crenças e princípios.
As colônias do norte e do centro tiveram colonização diferente das restantes. As condições climáticas e de solo inviabilizavam a agricultura praticada nas colônias do Sul. A pouca interferência da metrópole (Londres) nos assuntos sobre a colônia permitiam que os colonos optassem pelas formas de colonização que julgavam mais adequadas ao local e aos seus interesses. A economia do norte e do centro se focava na caça, pesca e exploração de madeiras. O comércio entre o norte, centro e exterior foi chamado de comércio triangular, as colônias adquiriam açúcar, melaço e rum em colônias caribenhas e trocavam por escravos africanos. O comércio no sul se baseava exclusivamente na atividade agrária.
As colônias eram altamente independentes, as decisões eram tomadas internamente, sem interferência da metrópole (Londres). Após a década de 1760, os interesses ingleses em relação a América cresceram, a burguesia via a América como um mercado consumidor próspero e uma grande fonte de matéria-prima. A Inglaterra também queria possuir a área do atual Canadá e Louisiana, e a obteve após uma guerra contra a França. Isso abriu uma exploração da Inglaterra para o lado oeste.
Nessa exploração inglesa para o lado oeste, ocorreu o manuseio das populações lá instaladas, de modo que as companhias britânicas pudessem comercializar peles e gordura obtidas daquelas comunidades.
Jorge II, rei da Inglaterra por volta de1730, aumentou a carga de tributos nas colônias da América para compensar os gastos da Guerra Civil, além de assegurar recursos monetários, as leis de aumento da arrecadação limitavam a produção de manufaturados na colônia, ampliando o mercado consumidor dos manufaturados ingleses. Algumas das leis eram, A lei do melaço (que tentava excluir o comércio de melaço que não era inglês), a lei da receita (impunha tarifas alfandegárias e restrições à importação de açúcar, café, vinho, têxteis, madeiras e produtos de luxo), a lei do selo (que qualquer impresso tinha que possuir um selo que representava o símbolo inglês), leis Townshend (definia formas de controle para a circulação de papel, tinta, vidro e chumbo entre outros) e a lei do chá (que o fornecimento do chá para a América inglesa só podia ser feito pela Companhia Inglesa das Índias Orientais).
A Festa do Chá em Boston, foi o ataque de colonos vestidos de índios aos navios da Companhia Inglesa das Índias e lançaram ao mar suas mercadorias. Com essa situação, foram adotadas as Leis Intoleráveis pela Metrópole, que era a ocupação militarmente da colônia de Massachusetts e posteriormente de todas as outras colônias.
Em 1774, representantes dos colonos se reuniram no Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, onde debateram sobre as Leis Intoleráveis, o que só gerou mais presença militar da Inglaterra na América. Os colonos responderam realizando em 1776, o Segundo Congresso Continental, onde se debateu a impossibilidade de negociação com a Inglaterra e defendeu-se a emancipação.
Essa luta entre os colonos e a Inglaterra chegou a um fim na Declaração de Independência, em 4 de julho de 1776, documento elabora na presença de Thomas Jefferson.
Se manteve por mais sete anos a posse militar inglesa na América até a assinatura do Tratado de Paris que estabelecia a paz entre os dois países e o reconhecimento da independência da ex-colônia em 1783.
O Congresso Continental aprovou uma Constituição, de inspiração liberal, que estabelecia um regime presidencialista e uma divisão e o necessário equilíbrio entre os poderes executivo, judiciário e legislativo em 1787.
No começo do século XIX, o governo americano começou um processo de compra de terras para ampliar suas áreas. E em um caso, ocorreram conflitos, entre as décadas de 1820 e 1830, muitos norte-americanos migraram para a região do atual Texas, que posteriormente foi denominada território americano. O México respondeu aos americanos com uma guerra, que após dois anos, a vitória foi americana, conquistando mais os estados de: Califórnia (rica em minérios), Nevada, Utah, Wyoming, Colorado, Novo México e Arizona.
O povo norte-americano, foi conduzido por seu governo para a parte oeste do continente, por causa da crença no Destino Manifesto, que era montar um país com dimensões continentais. Além dos norte-americanos, europeus, asiáticos e outros povos começaram a povoar a região que atualmente corresponde ao estado da Califórnia por sua abundância de ouro e outros minérios. O rápido esgotamento de minérios, levou o governo a adotar a lei do Homestead Act, que se baseava na concessão de terras, a preços bastante baixos, a todos aqueles que se estabelecessem na região.
A utilização de ferrovias foi muito útil para a época, pois facilitava muito a comunicação e o transporte de mercadorias e fazia com que o comércio interno fosse mais rápido e fácil. A Central Pacific Railroad, primeira estrada de ferro a ligar os dois litorais, foi estreiada em 1869 e diminuiu para oito dias o tempo de viagem que antes demorava mais de um mês.
O norte dos EUA, que possuíam um comércio industrializado, desejavam adotar uma política econômica que protegesse a produção industrial e ampliasse o mercado interno. O sul dos EUA, que possuía forte atividade agrária, ficou irritado com essa política, pois assim os preços industriais ficariam mais caros, e o sul dos EUA dependia da atividade industrial para crescer, e desde há algum tempo eles utilizavam a atividade industrial exterior para crescer, e com um comércio interno forte, seria mais difícil possuir a atividade industrial exterior.
O principal conflito entre o norte e o sul dos EUA foi a questão dos escravos, nas áreas lideradas pelo norte, a escravidão foi abolida, mas nas áreas do sul, a escravidão se manteve.
Em 1860, um abolicionista foi eleito presidente, seu nome era Abraham Lincoln. Logo após a vitória de um abolicionista, houve uma reação dos sulistas, que foi a hipótese de se separarem dos EUA e criarem um novo país. O novo país foi chamado de Estados Confederados do Sul, e foi comandado pelo presidente Jefferson Davis. (Sugestão de filme: Lincoln, de 2012).
A Guerra Civil americana, ou Guerra da Secessão como ficou conhecida, foi uma guerra entre o norte dos EUA (os ianques) e o sul (os confederados) que durou quatro anos e em sua primeira metade, ficou militarmente empatada entre os dois lados. Por causa da sua evoluída industrialização, os ianques mostraram maior capacidade militar, e em abril de 1865, as tropas confederadas desistiram, dando a vitória ao norte dos EUA.
O presidente James Monroe, em dezembro de 1823, adotou para seu governo a Doutrina Monroe, que se baseava na ajuda americana aos países da América. “A América para os americanos”, foi uma frase dita por James Monroe, que se simbolizava que se algum país na América precisasse de ajuda, os outros deveriam lhe ajudar, isso era uma suposta defesa para possíveis futuros ataques europeus.
Alguns anos depois da Guerra civil, os EUA conheceram um expressivo crescimento industrial, e começaram a ver a América latina como um próspero mercado consumidor, e com isso tentou estreitar seus laços com países da América latina. A ajuda americana a Cuba na sua independência contra a Espanha foi um exemplo dessa tentativa de estreitamento de relações com países da América latina. Após alguns anos, os EUA continuaram com seus exércitos dentro de Cuba, e isso formalizou a hegemonia americana sobre Cuba e ficou conhecida como a Emenda Platt.
Os EUA continuaram a ajudar os países da América latina durante o governo do presidente Theodore Roosevelt, isso era uma continuação da Doutrina Monroe, mas para Theodore Roosevelt, os EUA deveriam agir sempre que os países vizinhos violassem os direitos norte-americanos ou quando seus governos demonstrassem relutância ou incapacidade de seguir as propostas norte-americanas ou de manter o controle político e militar interno. Essa política que combinava ações diplomáticas e militares adotadas pelo governo do presidente Theodore Roosevelt ficou conhecida como Big Stick.
Por:Ana Laura Martines
Ana Caroline
Ana Carolina
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