quarta-feira, 16 de setembro de 2015

                                  As treze colônias                   
A história dos Estados Unidos da América, hoje conhecida por nós, inicia-se a partir do século XVI, quando exploradores europeus aportaram no lado norte do continente americano. Até então, apenas nativos habitavam no local, a partir dessa conexão com o continente europeu, os Estados Unidos passaram a ser colônia da Inglaterra. Inicialmente estes colonizaram a parte leste do país, o que corresponde ao litoral que é banhado pelo oceano Atlântico. Logo depois a parte central foi colonizada pela França e a parte sudeste e sudoeste pela Espanha.  As primeiras colônias que a Inglaterra tentou estabelecer, ao contrário do que se esperava, não tiveram sucesso. Entre as razões que provocaram esse resultado, destacam-se o rigoroso inverno, as constantes batalhas com os índios e a falta de suprimentos. Uma das colônias mais bem-sucedidas foi a região que atualmente é a Carolina do Norte. Porém, devido à Guerra com a Espanha, a Inglaterra esteve ausente durante aproximadamente três anos, e quando voltaram não mais encontraram os colonos, todos haviam desaparecido. Encontraram apenas palavra desconhecida e misteriosa escrita em uma árvore: “CROATOAN”.Na região da Virgínia foi onde se estabeleceu a primeira colônia ou assentamento, e abrigava desde então diversas pessoas de nacionalidades, culturas e religiões diferentes. Não havia apenas britânicos, mas espanhóis, franceses, alemães, irlandeses e italianos. Chamava-se Jamestown por ser próximo ao Rio James. Dentro dessa colônia foi desenvolvida a exploração de minerais, mais especificamente o ouro. Por causa disso a situação da colônia se agravou um pouco. As pessoas já não viviam em comunidade devido às suas diferenças. Passaram, então, a trabalhar em busca da riqueza para si mesmos, o que diminuiu ainda mais a capacidade de relacionarem-se em comunidade ou de defenderem-se mutuamente. Mais tarde, foram enviados vários homens para a colônia, o que só agravou a situação, já que estes não tinham família e portanto estavam vivendo somente em função de seus próprios interesses.Por pouco Jamestown não foi completamente destruída. Primeiramente enfrentando uma seca e logo depois um inverno rigoroso, o assentamento estava carente de alimentação. Há historiadores que afirmam que houve até práticas de canibalismo dentro da colônia. Boa parte da população morreu. O assentamento foi salvo graças a John Smith, o qual apesar de pressionar os colonos com seu ideal: “sem trabalho, sem comida”, conseguiu êxito em sua iniciativa de aproximar-se de uma índia, filha de um chefe indígena, chamada Pocahontas, a qual forneceu alimentação para Jamestown.
A colônia abandonou a busca aos minerais para investir no cultivo de tabaco, pois não encontraram ouro na região e viram que o cultivo era muito mais rendoso. A mão-de-obra utilizada, a princípio, era livre, mas devido aos altos custos, a mão-de-obra escrava passou também a ser utilizada.
Os agricultores passaram a se distanciar uns dos outros por quilômetros de plantação e a economia da colônia passou a ser baseada exclusivamente no cultivo do tabaco. Esses fatos provocaram a descentralização da região da Virgínia. Grupos religiosos também não conseguiram se desenvolver nessa região, ao contrário da Nova Inglaterra.
O segundo assentamento, localizado no Nordeste dos Estados Unidos, foi chamado de Nova Inglaterra e fundado por dois grupos religiosos diferentes: os peregrinos, que queriam sair da Igreja da Inglaterra e os puritanos, que queriam reformá-la.
As colônias que correspondem, atualmente a Nova Iorque, Pensilvânia, Delaware e Maryland localizavam-se na região central e caracterizavam-se também pela diversidade de culturas.
Além da Virgínia, a Carolina do Norte, a Carolina do Sul e a Geórgia localizavam-se na região Sul. A parte da população que não tinha muita instrução concentrou-se em atividades como caça e agricultura e divertiam-se através do jogo, acompanhado de bebidas alcoólicas. A parcela da população com melhores condições construiu grandes casas e passou a imitar o modo de viver britânico, que conheciam através de revistas vindas da Europa.
A escravidão nessa região teve um caráter bastante opressor e era passada entre as gerações. Os escravos trabalhavam em plantações de tabaco e arroz, bem como nas casas dos seus senhores, e não possuíam nenhum tipo de direito legal.
A partir da década de 1750 as relações entre as Treze colônias britânicas na América do Norte e a Inglaterra passaram a se deteriorar e iniciou-se a luta pela independência dos Estados Unidos da América.



  Jaine Figueiredo




As treze Colonias Inglesas da America do Norte


A colonização dos Estados Unidos desenvolveu-se durante o século XVII, quase um século depois da colonização portuguesa e espanhola na América. 

A procura de liberdade religiosa, os conflitos políticos na Europa, a procura de melhores condições devida e o crescimento do comércio, foram as principais razões que motivaram a vinda de grandes levas de colonos, principalmente ingleses graças à Negligência Salutar, para a América do Norte, fixando-se na costa do Oceano Atlântico, fazendo surgir as Treze Colônias Inglesas.

Estes grupos de colonos, eram compostos, em grande parte, por puritanos, ou seja, protestantes calvinistas que eram perseguidos na Inglaterra por suas crenças religiosas e ideias contra o absolutismo do rei.

Os primeiros puritanos chegaram em 1620, no navio Mayflower e se fixaram em Plymouth, Massachusetts. Outros grupos se estabeleceram em outras regiões, totalizando treze colônias.

Situadas na costa leste da América do Norte, essas colônias foram criadas em épocas diferentes e não mantinham vínculos de dependência entre si.

Na região mais ao norte, situavam- se as colônias de Massa Cbusetts, New Hampshire, Rhode Island, Connecticut.

No centro, encontravam-se Nova York, Pensilvânia, Nova Jersey e Delaware e mais ao sul, Virginia, Maiyland, Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul.

O modelo de colonização variava de região para região. Enquanto o centro e o norte foram colonizados sob modelo de colônia de povoamento, o sul foi colonizado sob modelo de colônia de exploração.

A maior liberdade política incidiu no desenvolvimento econômico, uma variedade de atividades econômicas eram praticada pelos colonos, que se adaptavam à nova realidade geográfica.

Nas Colônias do Norte, os colonos puritanos desenvolveram uma agricultura baseada em pequenas e média propriedade rurais, onde plantavam várias espécies (Policultura) como milho, trigo, cevada, centeio e frutas. Além disso extraiam madeiras e peles de animais e criavam porcos,carneiros e ovelhas. Essas atividades eram voltadas para o consumo próprio e a comercialização com as colônias do sul, com a Árica, as Antilhas e a Europa, formando um comércio triangular.

Nas Colônias do Centro, desenvolveu-se uma agricultura diversifica, semelhante à das colônias do norte. Nas pequenas e médias propriedades, destacavam-se as culturas de trigo, cevada e centeio, além da criação de bois, cabras e porcos.

Nas Colônias do Sul, a produção agrícola era voltada principalmente para o mercado externo.Em grandes propriedades rurais, os colonos produziam principalmente o tabaco, algodão, arroz e índigo (planta da qual se extrai um tipo de corante de tecidos). Utilização de mão-de-obra escrava africana. Essas atividades não eram desenvolvidas na Inglaterra (devido ao clima), despertando um maior interesse entre os comerciantes ingleses, ocasionando uma forte relação comercial entre as colônias sulistas e a metrópole.
                                     
                                       http://portale7.blogspot.com.br/2013/08/as-treze-colonias-inglesas-da-america.html
                                                                                                 Raíla Floreste 15/09/2015 

Independência das Treze Colônias da América




        Independência das Treze Colônias da América

Parte da grande revolução que mudou os destinos da civilização ocidental no final do século XVIII, a guerra da independência dos Estados Unidos (revolução americana) abriu uma nova era na história da humanidade. E o país surgido desse movimento libertário tornou-se modelo e inspiração para as colônias ibero-americanas em seu desejo de emancipação das potências colonizadoras. Origens. Dá-se o nome de revolução americana à luta das colônias estabelecidas na América do Norte, para se tornar independentes da Grã-Bretanha. Vitoriosas, as colônias passaram a constituir uma república independente, estabelecida com base em princípios democráticos que, pela primeira vez, ganhavam forma estatal. Iniciada em 1607, a emigração inglesa para a América do Norte deu origem à formação de colônias, que em 1732 já eram 13. Entre as causas que concorreram para a guerra de independência (de 1775 a 1781) figura o abandono em que estas se encontravam. Os colonos tinham, por isso, que resolver sozinhos seus problemas, o que lhes dava uma posição de autonomia em relação ao governo metropolitano. Além disso, os ingleses não estavam bem a par das condições das colônias e, preocupados com os próprios problemas, não lhes dedicavam muita atenção. Entrementes, aumentava a importância econômica das colônias, sobretudo depois que a Grã-Bretanha, vitoriosa na guerra contra a França (Guerra dos Sete anos), acrescentou às suas possessões americanas todo o Canadá e as terras situadas entre os montes Apalaches e o rio Mississippi. Após o conflito, encontrando-se em difícil situação econômico-financeira, a Grã-Bretanha decidiu exigir das colônias a observância da Lei de Navegação (Navigation Act), que limitava grande parte do intercâmbio comercial destas exclusivamente à metrópole. Reprimia-se também o contrabando. Além disso, a Lei do Açúcar (Sugar Act), de 1764, que regulamentava o comércio do açúcar, aumentava o descontentamento dos colonos. E os que especulavam com a terra foram atingidos em seus interesses pelo decreto que proibia a colonização de áreas situadas além dos montes Apalaches. Diante da necessidade de manter dez mil soldados ingleses para a defesa das colônias, o Parlamento aprovou em 1765 a Lei do Selo (Stamp Act), que estabelecia várias taxas a serem pagas por documentos legais e oficiais, através dos quais os colonos iriam cobrir as despesas de manutenção das tropas britânicas. A reação foi tamanha que o Parlamento teve de tornar sem efeito o decreto no ano seguinte. Mas aprovou, em seguida, o Declaratory Act, em que afirmava ter "pleno poder e autoridade" para legislar sobre as colônias. Massacre de Boston. Em 1767, um novo decreto, o Townshend Act, tornou ainda mais tensas as relações entre a metrópole e as colônias. Esse decreto estabelecia impostos sobre o chá, o chumbo, o papel e o vidro, importados pelas possessões americanas. O dinheiro assim obtido destinar-se-ia a pagar os funcionários britânicos das colônias. Estes eram muito mal vistos, pela maneira como agiam: apreendiam mercadorias de comerciantes honestos e, muitas vezes, praticavam contrabando. A reação dos colonos recrudesceu. Os comerciantes negaram-se a importar mercadorias britânicas, e o líder revolucionário Samuel Adams levantou a população de Massachusetts. Em 5 de março de 1770 ocorreu o chamado massacre de Boston. Dois regimentos britânicos que tinham sido enviados para conter os radicais daquela cidade entraram em choque com uma multidão, matando várias pessoas. As notícias espalharam-se por todas as demais colônias, e novamente o Parlamento britânico foi obrigado a recuar e anulou, meses mais tarde, o Townshend Act. A Festa do chá de Boston Crise do chá. Após três anos de relativa paz, em 1773 foi aprovada a Lei do Chá (Tea Act), com o objetivo de ajudar a Companhia das Índias Orientais a vender seus excedentes de chá nas colônias. Além do elevado preço do produto, os compradores ainda teriam de pagar impostos, e o lucro de sua comercialização reverteria, em grande parte, em favor dos agentes da companhia. Em represália, os navios que transportavam chá para as colônias deixaram de ser descarregados, e tiveram de regressar à metrópole. Foi novamente em Boston que os acontecimentos assumiram caráter mais grave. No dia 16 de dezembro de 1773, vários colonos disfarçados de índios atacaram três navios no porto e jogaram ao mar toda sua carga de chá. Esse incidente, conhecido como Boston Tea Party, foi o estopim da revolução. A Grã-Bretanha viu-se então diante de duas alternativas: ceder mais uma vez ou adotar severas medidas de repressão. Decidindo por estas últimas, votou o que os colonos denominaram Leis Intoleráveis (Intolerable Acts), a mais enérgica das quais determinava o fechamento do porto de Boston até que os proprietários do chá fossem indenizados. Os colonos uniram-se para enfrentar a metrópole e, em 1774, realizou-se em Filadélfia o I Congresso Continental, com a presença de delegados de todas as colônias, à exceção da Geórgia. Foi aprovada, então, a Declaração de Direitos e Agravos (Declaration of Rights and Grievances), que exigia a revogação das Intolerable Acts. O congresso tentou entrar em acordo com o governo inglês, mas fracassou. Com o assentimento do rei Jorge III, o governo decidiu reforçar as tropas britânicas nas colônias, a fim de garantir o cumprimento das decisões parlamentares. Luta armada. Em abril de 1775, o general Thomas Gage, comandante das tropas britânicas em Boston, decidiu prender dois dos principais líderes americanos, Samuel Adams e John Hancock, e apoderar-se do material bélico reunido pelos colonos em Concord. Em Lexington, as forças de Gage entraram em choque com grupos armados e, depois de uma troca de tiros, os britânicos seguiram para Concord, onde destruíram a munição ali existente. De volta a Boston, enfrentaram novamente os colonos e foram por eles dispersados. Era o início da revolução americana. O II Congresso Continental, reunido em Filadélfia, designou George Washington para comandar as forças dos colonos. Ainda havia esperanças de que a coroa fizesse concessões para evitar a separação. Mas por toda parte a autoridade real entrava em colapso: vários governadores refugiaram-se a bordo de navios ingleses e voltaram para Londres; outros foram aprisionados. A situação tornava-se de fato inconciliável: a saída era a submissão total ou a independência. A pregação libertadora encontrou um vigoroso apóstolo em Thomas Paine, cujo panfleto Common Sense (1776; O bom senso) atacava o princípio mesmo da monarquia hereditária, afirmando que um só homem honesto vale mais para a sociedade "do que todos os bandidos coroados que já existiram". Enquanto isso, a luta prosseguia. Ethan Allen, de Vermont, e Benedict Arnold, de Connecticut, expulsaram os britânicos do forte Ticonderoga, às margens do lago Champlain, onde dois dias depois Crown Point foi tomada. Essas vitórias deram aos colonos uma passagem de comunicação com o Canadá. Designado comandante das tropas britânicas, em substituição a Gage, o general William Howe decidiu tomar os montes Bunker e Breed, próximos a Boston, para fortalecer sua posição. A batalha de Bunker Hill (monte Bunker) foi travada em junho de 1775, e custou tantas perdas aos britânicos que os colonos, embora derrotados, consideraram-na uma vitória. George Washington assumiu o comando das tropas que cercavam Boston, e treinou-as com rigor durante 1775. Nesse mesmo ano, no Canadá, o general Richard Montgomery, comandando as tropas americanas, ocupou Montreal e seguiu para Quebec. O ataque a esta última cidade fracassou, e Montgomery foi morto. A retirada dos americanos foi desastrosa, e os britânicos passaram então à ofensiva. No ano seguinte (1776), Washington cercou Dorchester Heights, acima de Boston, o que levou o inimigo a abandonar a cidade sem luta, deixando armas e munições. As tropas desalojadas seguiram para Halifax, e Washington concentrou suas forças em Nova York, à espera da ofensiva britânica. Declaração de Independência. Depois de um ano de debates, em 4 de julho de 1776 o Congresso aprovou finalmente a Declaração de Independência, redigida por Thomas Jefferson, John Adams e Benjamin Franklin. Esse documento de importância histórica universal inspirou-se nas idéias avançadas de pensadores franceses e ingleses. Diz a declaração em seu preâmbulo: "Consideramos evidentes por si mesmas as seguintes verdades: todos os homens foram criados iguais e dotados por seu criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais a vida, a liberdade e a busca da felicidade; para assegurar esses direitos, constituem-se entre os homens governos cujos poderes decorrem do consentimento dos governados; sempre que uma forma de governo se torna destrutiva desse fim, o povo tem o direito de aboli-la e de estabelecer um novo governo..." Mais concretamente, a declaração estipulava o direito das colônias a se tornarem "estados livres e independentes", desligados de qualquer compromisso de obediência à coroa da Grã-Bretanha, com a qual ficava rompida toda união política. Em agosto do mesmo ano, Howe atacou Nova York, onde se travaram violentas batalhas. As tropas de Washington tiveram, no entanto, de bater em retirada, atravessando Nova Jersey, até Delaware. No ano seguinte, os britânicos ameaçaram Filadélfia. Washington tentou defender a cidade mas foi batido, e novamente derrotado em Germantown, Pensilvânia. Paralelamente, o general britânico John Burgoyne invadiu as colônias do Canadá. Retomou Ticonderoga e Crown Point, mas perdeu a batalha de Saratoga. Decisiva para os americanos, essa vitória ajudou Benjamin Franklin a conseguir o auxílio da França. Logo depois, a Espanha entrou na guerra contra a Grã-Bretanha. Na guerra naval destacou-se John Paul Jones. No comando do Bon Homme Richard, bateu-se contra o navio britânico Serapis, episódio que constituiu a maior batalha naval da guerra. Capitulação dos britânicos. Em 1778, a luta estendeu-se para o sul. Henry Clinton, o novo comandante das tropas britânicas, tomou a Geórgia e dois anos depois apoderou-se de Charleston, Carolina do Sul, aprisionando o exército de cinco mil homens do general Benjamin Lincoln. Os ingleses controlavam quase todo o sul, mas tinham de enfrentar freqüentes ataques de guerrilheiros americanos. As forças da metrópole tentaram uma ofensiva contra a Carolina do Norte, mas foram derrotadas em King's Mountain. Daniel Morgan venceu tropas britânicas em Cowpens, (1781), mas o marquês de Cornwallis derrotou o general Nathanael Greene, comandante das tropas americanas no sul, em Guilford Court House. Cornwallis seguiu para a Virgínia em perseguição de uma tropa de colonos sob o comando do marquês de Lafayette e tomou Yorktown, concentrando aí seus contingentes militares. George Washington, à frente de um exército de 16 mil homens, atacou o inimigo por terra, enquanto o almirante francês François de Grasse lhe dava cobertura naval. Ao final de várias semanas de lutas, Cornwallis rendeu-se com todos os seus efetivos. A guerra estava praticamente terminada. Em março de 1782, o chefe do governo inglês Lord North, renunciou. A paz de Versalhes foi ratificada formalmente em 3 de setembro de 1783, com o reconhecimento da independência dos Estados Unidos da América. Nesse mesmo ano, a Grã-Bretanha cedeu a península da Flórida à coroa espanhola, sem, no entanto, delimitar as fronteiras, fato que motivaria intensas disputas territoriais no sul dos Estados Unidos durante muitos anos.







Karen M. Sato

as trezes colonias

As trezes colônias

A colonização dos Estados Unidos desenvolveu-se durante o século XVII, quase um século depois da colonização portuguesa e espanhola na América. A procura de liberdade religiosa, os conflitos políticos na Europa, a procura de melhores condições devida e o crescimento do comércio, foram as principais razões que motivaram a vinda de grandes levas de colonos, principalmente ingleses, para a América do Norte, fixando-se na costa do Oceano Atlântico, fazendo surgir as treze colônias inglesas.

 Quais são as 13 colônias

As Colônias da Nova Inglaterra
Província de New Hampshire mais tarde o estado de New Hampshire
Província da Baía de Massachusetts mais tarde os estados de Massachusett e Maine
Colônia de Rhode Island mais tarde o estado de Rhode Island
Colônia de Connecticut mais tarde o estado de Connecticut
As Colônias Centrais
Província de Nova Iorque mais tarde os estados de Nova Iorque e Vermont [1]
Província de Nova Jérsei mais tarde o estado de Nova Jérsei
Província de Pensilvânia mais tarde o estado de Pensilvânia
Colônia de Delaware mais tarde o estado de Delaware
As Colônias do Sul
Província de Maryland mais tarde o estado de Maryland
Colônia e Domínio da Virgínia mais tarde os estados de Virgínia, Kentucky e Virgínia do Oeste
Província da Carolina do Norte mais tarde os estados de Carolina do Norte e Tennessee
Província da Carolina do Sul mais tarde o estado de Carolina do Sul
Província da Geórgia mais tarde o estado de Geórgia
 
 Jessica Tayetti
Jordana Mayna
As treze colônias inglesas no atual território dos Estados Unidos eram do norte para o sul, Massachusetts, Nova York, Pensilvânia, Virgínia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.

O primeiro grande grupo de ingleses a pisar no solo americano para iniciar a colonização ficou conhecido como pais peregrinos. Esses ingleses eram puritanos (defendiam reformulações amplas na organização da Igreja ) e estavam fugindo das perseguições religiosas que estavam ocorrendo na Inglaterra no início do século XVII. Perseguidos por anglicanos e outros protestantes, resolveram fugir para a América, pois ali poderiam construir uma sociedade com  liberdade religiosa adequada a suas crenças e princípios.



Não eram todos aqueles que queriam sair da Inglaterra que podiam, pois não possuíam uma situação financeira favorável para essa escolha, e nem a própria Coroa Inglesa tinha os recursos necessários para promover a viagem. Em 1606, o rei Jaime I concedeu a oportunidade de explorar o caminho até o novo continente e organizar a sua colonização para grupos de mercadores de Londres e de Plymouth.


As colônias do norte e do centro tiveram colonização diferente das restantes. As condições climáticas e de solo inviabilizavam a agricultura praticada nas colônias do Sul. A pouca interferência da metrópole (Londres) nos assuntos sobre a colônia permitiam que os colonos optassem pelas formas de colonização que julgavam mais adequadas ao local e aos seus interesses. A economia do norte e do centro se focava na caça, pesca e exploração de madeiras.  O comércio entre o norte, centro e exterior foi chamado de comércio triangular, as colônias adquiriam açúcar, melaço e rum em colônias caribenhas e trocavam por escravos africanos. O comércio no sul se baseava exclusivamente na atividade agrária.



As colônias eram altamente independentes, as decisões eram tomadas internamente, sem interferência da metrópole (Londres). Após a década de 1760, os interesses ingleses em relação a América cresceram, a burguesia via a América como um mercado consumidor próspero e uma grande fonte de matéria-prima. A Inglaterra também queria possuir a área do atual Canadá e Louisiana, e a obteve após uma guerra contra a França. Isso abriu uma exploração da Inglaterra para o lado oeste.



Nessa exploração inglesa para o lado oeste, ocorreu o manuseio das populações lá instaladas, de modo que as companhias britânicas pudessem comercializar peles e gordura obtidas daquelas comunidades.




Jorge II, rei da Inglaterra por volta de1730, aumentou a carga de tributos nas colônias da América para compensar os gastos da Guerra Civil, além de assegurar recursos monetários, as leis de aumento da arrecadação limitavam a produção de manufaturados na colônia, ampliando o mercado consumidor dos manufaturados ingleses. Algumas das leis eram, A lei do melaço (que tentava excluir o comércio de melaço que não era inglês), a lei da receita (impunha tarifas alfandegárias e restrições à importação de açúcar, café, vinho, têxteis, madeiras e produtos de luxo), a lei do selo (que qualquer impresso tinha que possuir um selo que representava o símbolo inglês), leis Townshend (definia formas de controle para a circulação de papel, tinta, vidro e chumbo entre outros) e a lei do chá (que o fornecimento do chá para a América inglesa só podia ser feito pela Companhia Inglesa das Índias Orientais).   



A Festa do Chá em Boston, foi o ataque de colonos vestidos de índios aos navios da Companhia Inglesa das Índias e lançaram ao mar suas mercadorias. Com  essa situação, foram adotadas as Leis Intoleráveis pela Metrópole, que era a ocupação militarmente da colônia de Massachusetts e posteriormente de todas as outras colônias. 



Em 1774, representantes dos colonos se reuniram no Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, onde debateram sobre as Leis Intoleráveis, o que só gerou mais presença militar da Inglaterra na América. Os colonos responderam realizando em 1776, o Segundo Congresso Continental, onde se debateu a impossibilidade de negociação com a Inglaterra  e defendeu-se a emancipação.



Essa luta entre os colonos e a Inglaterra chegou a um fim na Declaração de Independência, em 4 de julho de 1776, documento elabora na presença de Thomas Jefferson. 



Se manteve por mais sete anos a posse militar inglesa na América até a assinatura do Tratado de Paris que estabelecia a paz entre os dois países e o reconhecimento da independência da ex-colônia em 1783.



O Congresso Continental aprovou uma Constituição, de inspiração liberal, que estabelecia um regime presidencialista e uma divisão e o necessário equilíbrio entre os poderes executivo, judiciário e legislativo em 1787.



No começo do século XIX, o governo americano começou um processo de compra de terras para ampliar suas áreas. E em um caso, ocorreram conflitos, entre as décadas de 1820 e 1830, muitos norte-americanos migraram para a região do atual Texas, que posteriormente foi denominada território americano. O México respondeu aos americanos com uma guerra, que após dois anos, a vitória foi americana, conquistando mais os estados de: Califórnia (rica em minérios), Nevada, Utah, Wyoming, Colorado, Novo México e Arizona.



O povo norte-americano, foi conduzido por seu governo para a parte oeste do continente, por causa da crença no Destino Manifesto, que era montar um país com dimensões continentais. Além dos norte-americanos, europeus, asiáticos e outros povos começaram a povoar a região que atualmente corresponde ao estado da Califórnia por sua abundância de ouro e outros minérios. O rápido esgotamento de minérios, levou o governo a adotar a lei do Homestead Act, que se baseava na concessão de terras, a preços bastante baixos, a todos aqueles que se estabelecessem na região.



A utilização de ferrovias foi muito útil para a época, pois facilitava muito a comunicação e o transporte de mercadorias e fazia com que o comércio interno fosse mais rápido e fácil. A Central Pacific Railroad, primeira estrada de ferro a ligar os dois litorais, foi estreiada em 1869 e diminuiu para oito dias o tempo de viagem que antes demorava mais de um mês.



O norte dos EUA, que possuíam um comércio industrializado, desejavam adotar uma política econômica que protegesse a produção industrial e ampliasse o mercado interno. O sul dos EUA, que possuía forte atividade agrária, ficou irritado com essa política, pois assim os preços industriais ficariam mais caros, e o sul dos EUA dependia da atividade industrial para crescer, e desde há algum tempo eles utilizavam a atividade industrial exterior para crescer, e com um comércio interno forte, seria mais difícil possuir a atividade industrial exterior.



O principal conflito entre  o norte e o sul dos EUA foi a questão dos escravos, nas  áreas lideradas pelo norte, a escravidão foi abolida, mas nas áreas do sul, a escravidão se manteve. 




 Em 1860, um abolicionista foi eleito presidente, seu nome era Abraham Lincoln. Logo após a vitória de um abolicionista, houve uma reação dos sulistas, que foi a hipótese de se separarem dos EUA e criarem um novo país. O novo país foi chamado de Estados Confederados do Sul, e foi comandado pelo presidente Jefferson Davis. (Sugestão de filme: Lincoln, de 2012).


A Guerra Civil americana, ou Guerra da Secessão como ficou conhecida, foi uma guerra entre o norte dos EUA (os ianques) e o sul (os confederados) que durou quatro anos e em sua primeira metade, ficou militarmente empatada entre os dois lados. Por causa da sua evoluída industrialização, os ianques mostraram maior capacidade militar, e em abril de 1865, as tropas confederadas desistiram, dando a vitória ao norte dos EUA.



 O presidente James Monroe, em dezembro de 1823, adotou para seu governo a Doutrina Monroe, que se baseava na ajuda americana aos países da América. “A América para os americanos”, foi uma frase dita por James Monroe, que se simbolizava que se algum país na América precisasse de ajuda, os outros deveriam lhe ajudar, isso era uma suposta defesa para possíveis futuros ataques europeus.


Alguns anos depois da Guerra civil, os EUA conheceram um expressivo crescimento industrial, e começaram a ver a América latina como um próspero mercado consumidor, e com isso tentou estreitar seus laços com países da América latina. A ajuda americana a Cuba na sua independência contra a Espanha foi um exemplo dessa tentativa de estreitamento de relações com países da América latina. Após alguns anos, os EUA continuaram com seus exércitos dentro de Cuba, e isso formalizou a hegemonia americana sobre Cuba e ficou conhecida como a Emenda Platt.



Os EUA continuaram a ajudar os países da América latina durante o governo do presidente Theodore Roosevelt, isso era uma continuação da Doutrina Monroe, mas para Theodore Roosevelt, os EUA deveriam agir sempre que os países vizinhos violassem os direitos norte-americanos ou quando seus governos demonstrassem relutância ou incapacidade de seguir as propostas norte-americanas ou de manter o controle político e militar interno. Essa política que combinava ações diplomáticas e militares adotadas pelo governo do presidente Theodore Roosevelt ficou conhecida como Big Stick.
Por:Ana Laura Martines
Ana Caroline
Ana Carolina